XV Bienal do Livro Rio 2011

O Rio de Janeiro vive neste início de setembro, exatamente do dia 1 ao dia 11 a XV edição da Bienal do Livro, um evento já consagrado não só no mercado editorial mas também no mundo do turismo. Com 28 anos de história e sempre  levada a efeito nos anos ímpares, a Bienal do Livro Rio teve a sua 1ª edição em 1983 nos salões do Hotel Copacabana Palace, 2 anos depois no São Conrado Fashion Mall e, em 1987 solidificou-se no Riocentro. Em seus 15 mil m2 há três espaços que considero importantes:  o Café Literário, já no dia 2, às 19h apresentando  Deborah Harkness participando da mesa " Magia e verdade do imaginário, por que nos atraem vampiros e bruxas" e no dia 11às 17h com a participação de Patricia Schultz, Heloisa Seixas, Ruy Castro e como Mediador Luís Nachbin, no mesmo espaço e com o título " Lugares para Conhecer antes de morrer".
Professores, Bibliotecários e profissionais ligados ao mundo dos livros tem entrada gratuita desde que cadastrados no site http://www.bienaldolivro.com.br/

Rico Sem Dinheiro

Estava eu numa tradicional livraria no centro do Rio, quando num intervalo de 30 minutos duas pessoas procuravam o mesmo livro, não disponível como pude constatar. Tem tudo a ver com a conjuntura financeira atual, como sair de um endividamento, como evitá-lo, como contornar as finanças, driblar as dificuldades desencadeadas pela falta de grana, enfim, encarar uma crise como um desafio e livrar-se das tentações consumistas.
Refiro-me ao livro mais vendido em julho de 2010 nas estantes dos segmentos de gestão, negócios e motivação- Rico sem dinheiro - do consagrado jornalista Alexander von Schönburg. Nessa obra, Schönburg, desempregado conta de maneira sutil a sua própria experiência, a de após um histórico de altos e baixos financeiros aprendeu, sem perder o bom humor, a driblar as dificuldades desencadeadas pela falta de grana, começar a enxergar a vida com outros olhos, com outros ângulos.
Como muitos dos que circulam diariamente, estariam os dois leitores vivendo esse quadro? Talvez, mas mesmo não estando vivenciando uma crise financeira basta apenas estar decidido a abolir certos luxos do nosso cotidiano consumista e querer viver bem.
Mais detalhes e a possibilidade de constatar que a felicidade - acredite - é um luxo ao alcance de qualquer um, apenas com mudanças de hábitos está ali no livro Rico sem dinheiro, da editora Gente , uma receita sem efeitos colaterais, sem contra-indicações. E então? Como diria Nietzche, "Evite culpar os outros.Abasteça seu espírito com a leitura"

Feirante, mais que uma cafeteria, uma paixão

Bianca, à direita marcando presença

Não é à toa que a Café do Feirante vive sempre cercada de adeptos, a minha mesa cativa - não querendo ser muito pretensioso - está ali, perto da janela, de onde se descortina um bucólico e majestoso cafezal, nas prateleiras uma feirinha de sabores da fazenda, uma viagem no tempo é apenas uma das que o Café do Feirante te convida.

Se Shopping não for a sua praia e você tenha que ir, ali por exemplo, no São Gonçalo Boulevard, às vezes acompanhando o time feminino, sempre antenado com a moda, presentes, consumismo e vitrines, não se angustie, fique por ali, bem na ponta, poderia até chamar de vértice cultural da praça da alimentação, quase defronte à Livraria Gutenberg, vá, vá ao Feirante, relaxe e aposte mais que num visual que ali se debruça e deixe-se entregar pelos sabores, passe o tempo a  degustar uma multiplicidade de cafés com a lentidão que é exigida; descubra aos poucos o contexto histórico do Ciclo do café e uma fazenda à sua volta.
 

Morretes, Serra do Mar, em busca do elo perdido.

De férias em Curitiba tentamos encontrar ali o prato, talvez o mais conhecido do Paraná, porém dentro das concepções e pormenores que envolvem o seu preparo. Ali mesmo perto da Ópera de Arame experimentamos uma das suas versões. Encontrá-lo, no entanto, da forma mais original possível foi uma grande façanha, mas não tão exaustiva. Ponto de partida: Estação Rodoferroviária. Destino: Serra do Mar, subir e descer até Morretes, a sua terra natal, o berço desse lendário prato - o Barreado.

De trem pela Serra do Mar

Indo para Morretes

Duas outras cidades - Paranaguá e Antonina - disputam a paternidade do barreado, cada uma com particularidades e rituais distintos. Num dos vagões do trem tomei conhecimento de que em Paranaguá há lá a Casa do Barreado, um restaurante premiado pela midia e que tem na Dona Norma a receita mais tradicional possível. Mas ir lá conferir será outra missão.  Mas, neste momento, o meu foco era Morretes.

Indo para Morretes- Serra do Mar

Em Antonina há festejos na elaboração desse prato, um ritual todo peculiar. Mas, por que tanto folclore em torno de uma receita?

Festival de Cinema de Gramado

Começou hoje a 39ª edição do Festival de Cinema de Gramado, na Serra Gaúcha e que se estende até o dia 13 de agosto. Cerca de 60 produções serão exibidas nesse encontro, aberto com o filme " O Palhaço " de Selton Mello, o 2º longa de sua carreira e que estréia nas telas somente no final de outubro.

A história do Festival surgiu em 1969 durante a Festa das Hortências. Em 1971 realizou-se a 2ª Mostra de Cinema e a homenagem centrou-se no enigmático Jece Valadão; em janeiro de 1973 veio então o 1º Festival propriamente dito; em 1992 houve uma integração com países vizinhos e passou-se a chamar-se Festival de Gramado  - Cinema Iberoamericano e, finalmente, em 2007 voltou ao seu nome de origem com mostras competitivas de produções nacionais e estangeiras. Além da competição de filmes, há simultaneamente, discussões, criação, sonhos, divulgação, enfim, tudo que diz respeito à sétima arte.

A cidade  nesta época, mais uma vez, volta a respirar cinema, encanta por si só, pela paisagem, pela recepção e pelo clima acolhedor que ali se debruça e, sem dúvida, neste período, uma visita é como se sentir protagonista, premiado por estar dentro desse contexto. Gramado, muito mais cinema durante o seu festival e sempre, sempre, o ano todo...fascinante e eternamente cinematográfica.